Vejo a fumaça subindo sobre a chaminé
Ela é espessa e escura
Em oposição a claridade do céu.
Parece infinita e relevante
Mas depois vai sumindo
Como se nunca estivesse existido.
Não há maias nada além do céu
Que vai continuar o mesmo
Para todo o sempre...
A nossa vida é como a fumaça no céu
E tudo o que temos e que parecem
Ser tão sólidos
São como a fumaça
Antes alguma coisa
Depois de um certo tempo, nada!
*Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. 42º volume. 1 ed. Rio de Janeiro: CBJE, jan. 2008. (p. 33)
2 comentários:
A vida esvaindo no céu pela chaminé da indústria, retroalimentando o aquecimento global. É nada mesmo.
É não eh a vida que é assim, são as nossas construções, nossas escolhas que muitas vezes passam como a agua do estado solido para o liquido e dele para o gasoso. Tudo é tal fugaz....e percebo que nada do que foi será de novo e do jeito que já foi um dia, espero que eu ainda consiga fazer melhor....
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