domingo, 24 de outubro de 2010

A Coragem de Esperar (Lc 24, 13-35)

Mário Moura - Educador e Poeta.

Retratar a decepção do coração
Ao ver a esperança morrer frustrada
Sonhos e planos por fim terminada
Não há força que aguente a pressão
Fugir para afogar mágoas no chão
Para ser derrotado e humilhado
Se perder, errar é ficar ilhado
O nosso Mestre morreu por lutar
O meu ideal é a coragem de esperar
Um dia porém não serei derrotado.

Esperei a Justiça que não apareceu
Esperei pela Paz, esta não voltou
Esperei também pelo Pão, este faltou
Esperança única que se conheceu
Será que morreu sozinha atraiçoada
Errante caminhante, exilada
Inquieta, despercebida na Razão
Alimentando aquela solução
Da coragem, da luta retomada!?

Vislumbrando e sentido a bonança
Iluminado me guio na caminhada
Que devo confessar: é grande andança
Que devo cumprir segundo a dança
Para não deixar o que me resta
Correr por fora e sair pela fresta
Me deixar agonizar sem Folego
respirar atrás de um sossego
Realizar e comemorar à Festa.

É a hora: eu preciso aprender a esperar
Encontrar o caminho que me leve
Fazer certo o que me leve
Fazer certo o príncipio que me deve
Com paciência e teimosia não vou falhar
Pra poder manifestar no tardar
Cumprir com Fé o que Deus me promete
Amando e fazendo o que me compete
Nem que eu fique pregado numa cruz
Verdadeiro dom de Amor e de Luz
Coragem de um lutador que enriquece.

Se o Amor é a Luz e a Luz a Vitória
Então não há o que temer e chorar
Os sonhos e planos para alcançar
Que por sinal será de nossa autoria
E com certeza o brilho trará alegria
O maior e mais  bem sucedido Poder
Soberana sabedoria do bem querer
Aonde não haverá mais ilusão
Partilha, Paz, Fraternidade e Pão
Estes a grande Utópia por fim ver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário