Mário Moura - Educador e Poeta.
Bem, não se pode ir diretamente a felicidade, disso tenho certeza! Quem o faz é quase sempre infeliz, pois a felicidade resulta da essência do humano que é ser uma teia de relações e também do sentido da justa medida no que concerne ao concreto quadro da condição humana. Essa concretude é feita de realizações e frustrações, de violência e carinho, de monotonia do cotidiano e de emergências surpreendentes, de saúde e de doença, e, por fim, de morte.
Ser feliz é justamente encontrar essa medida em relação a essas polarizações, que faz surgir um equilíbrio criativo, não sendo pessimista demais nem otimista demais, mas sendo realista, assumindo a nossa incompletude, tentando diariamente escrever certo por linhas tortas. A felicidade não se faz só, bem como, ela participa de nossa incompletude. Nunca é plena e completa.
Como diz Pedro Demo em Dialética da Felicidade (três volumes - Editora Vozes) "Se não dá para trazer Céu para a Terra, pelo menos podemos aproximar o Céu da Terra... A felicidade participa da lógica da flor: não há como separar sua beleza de sua fragilidade e de seu fenecimento."
Paz e Bem...
16 de fevereiro de 2012.
Um comentário:
Assim, é viver um dia de cada vez, esperando o bem ou o mal que possa vir e buscar no Divino os elementos necessários para se manter equilibrado e permanecer no caminho vivendo sua Lenda Pessoal.
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