domingo, 11 de outubro de 2009

NUMA MESA DE BAR

Mário Moura - Educador e Poeta.

Estou eu olhando às estrelas
Olhando a mim mesmo
Olhando as pessoas que se espelham.

Tomo a minha cerveja,
Falo de pessoas, banalidades, seriedades
Paquero, olho para alguém
Uma jovem a me olhar.

Sou mais um na multidão
Inquieto no porão d’alma, coração
Numa mesa de bar, a contemplar
O que a vida tem a me dar.

Com os meus amigos converso
Sobre a política, a história
Refletindo, escutando desejos
Carregados de tristezas e alegrias.

Vejo a juventude fazendo sua felicidade
Se encontrando, se beijando,
Se namorando, se abraçando,
Se entristecendo, se procurando... se drogando.

Tenho lido muitos livros
Escutado músicas, conversado com pessoas
Buscando as respostas
Sobre a vida, sobre mim e você.

Nos sonhos, as esperanças
Do cidadão, educador da vida.
Sou um poeta popular, humilde nas palavras
E nos sentimentos que surgem do meu coração.
Dos sentimentos da alma
Da poesia, vida, arte... inspiração!

Numa mesa de bar
Há pessoas cinzas normais,
Sentadas em suas vidas banais
Vivendo apenas de aparências.

Por que não olham às estrelas como eu?
Por que não olham a si mesmas como eu?
Elas carregam um fardo pesado – a anestesia
Vivem no tempo o que as amarelou – a hipocrisia.

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