sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SAUDADE NÃO É PEIXEIRA MAS CORTA A ALMA DA GENTE

Por Bruno Vinícius

Sei que o começo do nome
Tempera o sentimento
O SAL do ressentimento
Que doi mas não mata a fome
É dor que chega e não some
Pois finca na nossa mente
Derruba qualquer valente
Deixa sem eira nem beira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Quando ela finca no peito
Sem hora pra despedida
è chegada sem partida
No coração de um sujeito
Que solta o grito do eito
Com a força contundente
De estremeçer o batente
O teto e a cumiera
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Letra são apenas sete
Mas dores são bem setenta
Ou então cento e quarenta
Se erro não se comete
Pois não há quem interprete
Toda saudade que sente
Não sabe se é
corrigindo a 3ª estrofe
Letra são apenas sete

Mas dores são bem setenta
Ou então cento e quarenta
Se erro não se comete
Pois não há quem interprete
Toda saudade que sente
Não sabe se é fria ou quente
Mas sabe que é traiçoeira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Não cura com melhoral
Dipirona ou Anador
Com casca ou lambedor
Cibalena e sonrisal
Voltarem ou Gardenal
Não tiram o que gente sente
Saudade não sai da mente
Com médico ou enfermeira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Teimo em sentir saudade
Dos meus tempos de criança
Sempre guardo na lembrança
Meus traços da mocidade
Mesmo tendo pouca idade
esta dor é eminente
Sofredor este que sente
Esta dor que é matadeira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Não há quem não tenha medo
Desta palavra saudade
Até parece maldade
Esta dor é um segredo
Vivo afogado no medo
Minha alma cala e mente
E germinou a semente
Pra doer pra vida inteira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Minha dor foi atestada
Por médico do coração
Escutei com atenção
Sua receita medicada
Por mim mal interpretada
Eu sei que não estou doente
A saudade é deprimente
Qualquer doença é besteira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente

Lembrar do meu amor
Me traz saudade profunda
E o meu pensamento inunda
Com as lágrimas do desamor
As vezes faço um clamor
Por quem nunca esta presente
Por estares sempre ausente
So penso em fazer besteira
Saudade não é peixeira
Mas corta a alma da gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário