quarta-feira, 23 de junho de 2010

A DISPUTA ENTRE A METAFORIZAÇÃO, O CONHECIMENTO E O EDUCADOR

Onde há conhecimento
Há sempre interrogação
A certeza não existe
Se existe eis a questão
É aí que surge mesmo
A metaforização.

Tudo está certo e errado
Vejamos: a alegria
Quem disse que ela
Não poderia ser agonia
E 6 horas da manhã
Poderia ser dez do dia?

Toda rotação do tempo
Fiel a aprendizagem
Onde o incerto é provável
A partir da tecelagem
Da precisão social
Sábia e sem defasagem.

Daí certas garantias
Não temos para afirmar
Que os educandos aprendem
No seu período escolar
Nem se somos competentes
Na arte de ensinar.

Às vezes o professor
Se sente até culpado
Quando ver ao fim do ano
Um aluno seu tapado
Entretanto ele ensinou
Mas não foi assimilado.

Como o ensino ainda
No professor é centrado
Pode ser que ele seja
Para um grupo habilitado
No entanto para outros
Profissional inadequado.

Toda pessoa no mundo
Que seja ou não competente
Contribui num ideário
Pouco ou decisivamente
Pois ninguém recebe ideias
Apenas passivamente.

Se creio que uma coisa
É boa e muito legal
Essa crença deve ser
Defendida por total
E não a partir de uma
Fantasia pessoal.

Da natureza a gente
Pouco pode conhecer
Porque ela foi criada
E tem sua razão de ser
Enquanto só conhecemos
O que sabemos fazer.

Temos que tomar cuidado
Porque às vezes pecamos
Procuramos a solução
Dum problema que enfrentamos
Vendo a causa e o efeito
A partir de onde estamos.

A política e a ética
Se contradizem a ciência
A reprodução social
Se faz com eficiência
Na escola, no trabalho
Na falta de consciência.

Quem nega a realidade
O fazer nega-se logo
O que conhecemos
Já disse o sociólogo
Só existe na educação
Para todos em seu Logos!

VERSIFICAÇÃO: 12 estrofes em setilhas.

Autoria Mário Moura / Varneci Santos.

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