domingo, 17 de abril de 2022

Pessach - nossa Travessia!

 



Mário Moura - Educador e Poeta.

"Por que é que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas foi ressuscitado", indagaram e esclareceram os dois anjos à Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago que no Domingo bem cedo foram ao túmulo de Jesus (Lucas 24.1-6).

A atitude destas mulheres levando bálsamos para perfumar o sepulcro é um sinal de amor, ternura e cuidado, bem como, a surpresa em não encontrar o corpo do Senhor demonstra a nossa incapacidade de entender os propósitos divinos em nossas vidas, do quanto precisamos remover as pedras para superarmos os nossos medos, egoísmos e fraquezas. 

Injustiça, opressão, exploração... morte nossa de cada dia imposta aos milhões de seres humanos considerados descartáveis e inúteis; de uma sociedade cada vez mais indiferente e individualista, coisificando a tudo e a todos, inclusive a Páscoa com seus coelhinhos e ovos de chocolante que no afã do lucro desenfreado deturpa a sua essência e significado próprio. 

Mas, a vida também pulsa... Páscoa - passagem - da decepção para a irrupção do inesperado: a ressurreição. Páscoa é também redescoberta, é recomeço, é renascimento, é reavivamento! Frei Betto nos ensina que não gosta do verbo morrer. Prefere transvivenciar, pois quando nascemos, todos  riem e nós choramos e quando transvivenciamos, ocorre o  contrário. Dessa maneira, crer na vida antes da morte é mister em nosso cotidiano. Exatamente: onde há morte, antes houve a vida e depois virá a ressurreição - a Páscoa! Este é o Mistério da fé cristã, nós ressucitaremos!

Como Maria Madalena e as demais mulheres no túmulo vazio, também nós só veremos os sinais da ressurreição, quando levantarmos nossos olhos dos sinais de morte, e dirigirmos nosso coração para a VIDA. Deus é Amor, Deus é Vida e para isto nos criou!!!

Paz e Bem!!!

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